sábado, 14 de outubro de 2017

Indo eu, indo eu a Caminho de... Santiago #11 - Os treinos (3)

Desta vez decidi que fixe fixe era mesmo não descansar e fazer treinos duros em dias consecutivos como simulação aproximada ao cansaço real que sentiremos.
Mas que grande estupidez.
Eu não estava preparada para isto. Logo para começar, achei que andava com a mochila muito leve e toca de a carregar com o saco cama, a garrafa de água, o protector solar, um frasco de champô de 700 ml, dois iogurtes líquidos, um haltere daqueles pequeninos e dois pacotinhos de bolachas.
Desta vez quis simular a distância aproximada de uma etapa que serão cerca de 20 km, por isso fiz 11 km para um lado e regresso.
Para não correr de novo o risco de ficar às escuras no meio da serra, fui pela estrada. 22 km e 3h40m depois estava de volta.
Os erros foram vários, para inexperientes como eu o treino é mesmo necessário: logo para começar não contei com o cansaço da véspera e caminhar distancias grandes em dias seguidos é muito mais difícil do que parece. Depois, não parei para descansar nem sequer enquanto comia porque só pensava em chegar a casa; as meias húmidas são muito desconfortáveis e assam os pés, mas eu não sabia por isso não troquei de meias (e devia mesmo ter trocado). Para finalizar o rol de erros, voltei a ficar sem água. Para piorar escolhi um percurso em que estive sempre, mas sempre com o vento contra, o que dificultou imenso até porque tive de fazer parte do caminho com o chapéu nas mãos. Uma seca.
As mãos continuam a inchar, não muito, mas incham sempre. Sinto-me uma tontinha a caminhar de braços para cima e para baixo, parece que estou a tentar voar.
Tenho de  ir investigar como se faz para isto não acontecer. Será que tenho de beber mais líquidos?

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