Pois que tenho a
voz grossa, tem vindo a engrossar com a idade mais ou menos ao mesmo ritmo que
a cintura. Em interações via telefone, esta singela característica tem estado
na origem de algumas situações um tanto ou quanto embaraçosas, mais para o
interlocutor do que para mim, que me estou positivamente nas tintas.
Há tempos quis
marcar uma manicura de urgência. Queria experimentar fazer gelinho nas unhas.
Andei por aí a perguntar e indicaram-me dois sítios aparentemente bons e baratos.
Liguei para o primeiro e atende uma senhora:
Ela (arrastada):
Tooou?
Eu (hesitante,
achei que me tinha enganado): … sim?
Ela (mais arrastada):
Siiiiiiim?
Eu: De onde fala?
Ela: Para onde
deseja falar?
Eu (já a ficar
enervada): Para o sítio tal e tal
Ela: É daqui.
Diga.
Eu: Queria marca
umas unhas de gelinho…
Ela: Para si?
(pausa)
... ou para a sua namorada?
Eu: (pausa)... Para mim...
Resumindo, depois de algumas tentativas conclui-se que ou ela é a
profissional mais ocupada do planeta ou não gostou mesmo nada da ideia de ter
lá um homem a fazer gelinho.
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